Andar nas ruas é indispensável para as pessoas, nelas as relações sociais acontecem a todo instante, contribuindo diretamente para a sobrevivência humana. No entanto, considerável parcela da população não busca na rua apenas a sociabilidade necessária para existência, mas a tem como único abrigo para viver.

O número de pessoas em situação de rua no Brasil, embora grande, ainda é desconhecido por pesquisas de abrangência nacional, possivelmente devido à ausência de políticas públicas para discutir com efetividade a pauta. Nos seus mais de 500 anos de história, somente em 2003 o país deu maior visibilidade à questão, acolhendo algumas das proposições dos movimentos sociais em defesa da população em situação de rua.

Em 2007 e em 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realizou uma pesquisa estimativa em 71 municípios brasileiros com mais de 300 mil habitantes, chegando ao número aproximado de 50 mil pessoas vivendo em situação de rua. Número preocupante e que se elevará se considerados os 5.570 munícipios do território nacional.

Na região metropolitana do Cariri, as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, que reunidas têm mais de 390 mil habitantes (IBGE/2015), concentram uma grande quantidade de pessoas em situação de rua. Nas cidades é comum encontrar pelas praças, igrejas, rodoviária e outros locais públicos, pessoas que fazem de morada a rua.

Pessoas que você poderá conhecer agora: cidadãos que embora tenham que conviver diariamente com o frio ou calor excessivos, fome e o perigo de estar nas ruas, não param de sonhar, estabelecer metas para alcançar uma vida de menos riscos.